quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Algumas bactérias veiculadas pela água são “duras de matar”


Algumas bactérias veiculadas pela água são “duras de matar”


por: Matthew R. Freije, WATER TECHNOLOGY MAGAZINE
A água é mais propensa ao crescimento microbiano depois de deixar o sistema público de distribuição e entrar na tubulação predial. Ali, ela encontra temperaturas mais altas, estagnação e tubos de menor bitola. Os biofilmes que se formam nas válvulas, conexões e paredes dos tubos não apenas alimentam as bactérias mas as protegem do cloro ou do calor que normalmente as poderia matar.
Sistemas grandes, com tubulações complexas, tais como os encontrados em hospitais, hotéis e grandes condomínios residenciais, são especialmente sujeitos ao crescimento bacteriano, mas os sistemas domésticos não estão imunes. Na verdade, tem-se encontrado bactérias da espécie Legionella em sistemas residenciais.
Pacientes transplantados, fumantes, idosos e pessoas com uma doença subjacente, como câncer ou diabetes, assim como aquelas que recebem quimioterapia são muitas vezes mais sujeitas que um jovem saudável e não-fumante a se infectar por bactérias veiculadas pela água e vir a morrer desta infecção.
Modos de transmissão
Beber água é apenas um dos modos pelos quais as bactérias podem entrar no corpo de um individuo. Algumas bactérias podem ser inaladas em gotículas durante o banho, escovando os dentes ou lavando o rosto.
Gotículas de água podem adentrar os pulmões e provocar infecções por aspiração: água contaminada na boca, talvez ao engolir, pode vencer o reflexo de engasgar e entrar nos pulmões em lugar do esôfago e estomago. A aspiração é mais freqüente nos fumantes, pois seu trato respiratório danificado deixa de excluir substancias dos pulmões.
Reduzindo o risco
Observe que estes métodos funcionam bem em sistemas domésticos, talvez não funcionando tão bem em hospitais, hotéis e outros prédios grandes.
Desinfecção química. O sanitizante usado na rede publica pode não ser eficaz no controle dos patógenos em um sistema domestico. A concentração de cloro livre varia significativamente de cidade para cidade, e mesmo dentro de um determinado sistema de distribuição, dependendo em parte da distância entra a planta de tratamento e uma residência.
A água que entra em certas casas pode ter 1 parte por milhão de cloro livre, enquanto em outras pode ter 0.2 ppm ou menos. Mais ainda, a água quente em torneiras e chuveiros são improváveis de ter algum desinfetante, já que as concentrações de cloro tendem a se dissipar no aquecedor de água.
Outros sistemas de desinfecção usados em hospitais e hotéis são a injeção de dióxido de cloro ou íons de prata/cobre na tubulação, ou talvez, apenas no sistema de água quente. No entanto, este não é um método prático de controle de patógenos em casa.
Filtros e osmose reversa. Os filtros tipicamente usados para sedimentos, ou aqueles de carvão ativado, não irão bloquear as bactérias. Na verdade, se não estiverem bem limpos, podem propiciar um ótimo habitat para elas.
Ao dia de hoje, filtros submicronicos no ponto de uso estão sendo usados em alguns hospitais, mas não na área domestica.
Sistemas de osmose reversa (OR) certamente removerão as bactérias, mas precisam ser adequadamente mantidos para prevenir o crescimento bacteriano em tanques ou nas membranas.
Lembre-se, é crítico controlar a presença de patógenos de veiculação hídrica em lares ocupados por pessoas idosas ou imuno comprometidas.

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